ELIANA MUMIC FERREIRA

Primeira filha de Alípio e Alice do Nascimento Mumic, Eliana nasceu no dia 19 de novembro de 1929.

Desde muito cedo provou que era uma garota muito inteligente. Andou com dez meses e com seis anos de idade já sabia ler e escrever, o que era, sem dúvida, um prodígio numa época em que nem havia curso pré-escolar para crianças. Aos dez anos, fazia discursos que a todos encantavam. E mostrando grande pendor para a poesia, começou a escrever poemas aos 15 anos

Professor Ary de Lima, grande amigo da família, e doutor Alaor Ribeiro - ambos grandes poetas- a incentivaram a dar asas aos seus dotes poéticos.

Ainda adolescente, Eliana escreveu várias poesias que foram publicadas no jornal da época, “O Cruzeiro do Sul. Aos dezessete anos começou a namorar Fernando Ferreira Chagas, bancário que trabalhava no Banco Mineiro da Produção e filho do Sr. Adolfo Ferreira Júlio - responsável pela tesouraria da Prefeitura Municipal - e de dona Maria Benjamin Ferreira.

Quando o namoro se tornou mais sério e Eliana e Fernando falaram em noivado... e as coisas começaram a se complicar. Fernando era protestante e, por conseguinte, não pensava em casar-se numa Igreja Católica.  Eliana e os pais - Alípio e Alice - eram católicos praticantes.  Para eles, casamento fora da Igreja Católica, nem pensar!

Mas tudo se arranjou quando Fernando concordou em aceitar o casamento religioso celebrado no ritual católico, mas realizado na casa dos pais da noiva, na chácara Santo Antônio. Isso, claro, depois que o bispo concedeu licença para tal casamento. Uma vez resolvida as formalidades com auxilio de Monsenhor Mancini,  o casamento aconteceu.

A cerimônia do enlace matrimonial foi realizada no dia 14 de maio de 1948, na Chácara Santo Antônio, às 17 horas, quando Eliana estava com pouco mais de 18 anos de idade. Fernando, que havia nascido no dia 31 de julho de 1924, iria completar 24 anos dentro de pouco mais de dois meses. A cerimônia religiosa foi celebrada por Monsenhor Jerônymo Madureira Mancini.

Os padrinhos de Eliana foram o prof. Ary de Lima e a esposa, dona Helena Radaelli de Lima e os de Fernando, o farmacêutico João de Almeida Paula (Tito) e a esposa, dona Santa. O senhor José Marinzeck e dona Maria Marinzeck testemunharam o casamento civil. 

Hebert, o primeiro filho do casal, nasceu no dia 12 de março de 1949. Quase três anos mais tarde, em 12 de janeiro de 1952, o segundo: Mauro Fernando. Em 5 de novembro de 1955 nasceu o terceiro filho, Luciano. Seguiram-se os nascimentos de Maria Alice, em 15 de agosto de 1957 e o de Marcelo, em 12 de novembro de 1961.

 A poesia e a literatura sempre estiveram presentes na vida de Eliana e mesmo casada, mas sempre romântica e sonhadora -continuava escrevendo. 

Em 1949, a revista Seleções do Reader's Digest instituiu um concurso nacional para premiar a melhor resposta para a pergunta “Por que você gosta de Seleções?” A resposta de Eliana foi classificada em primeiro lugar. O prêmio que recebeu, em dinheiro, possibilitou que ela e Fernando comprassem um terreno e construíssem nele a casa em que moraram por mais de 40 anos.

Em outro concurso literário, promovido por um jornal de Poços de Caldas, para a seleção do melhor conto de Natal, Eliana foi classificada em 2° lugar.

Após a eleição do pai, Alípio Mumic, para Prefeito Municipal, Eliana passou a ser uma espécie de Assessora Particular não remunerada, acompanhando-o em suas atividades político-sociais.

Com os filhos estudando, alguns já freuüentando universitários, Eliana foi designada para ocupar o cargo de Secretária da Escola Estadual Paraisense, onde permaneceu trabalhando até aposentar-se.

Fernando, por volta de 1961, começou a apresentar os primeiros sinais do mal de Parkinson. Aposentou-se e posteriormente, sofreu um acidente vascular circulatório que o afetou seriamente, tolhendo-lhe os movimentos da perna e a capacidade de comunicar-se pela fala. Foram dez anos que exigiram muita dedicação e desprendimento por parte dos filhos e, especialmente, da esposa. Faleceu em 21 de outubro de 1997.

Eliana e Fernando deram aos filhos belos e edificantes exemplos de vida. E ela continua sendo para eles um modelo a ser seguido. 

Hoje, beirando os 90 anos, Eliana continua sendo exemplo de mãe para seus cinco filhos e filha, de avó, para seus nove netos e de bisavó, para seus três bisnetos

VIDA LITERÁRIA

 Eliana nunca deixou de lado a veia literária e continuou escrevendo seus poemas. Recentemente, parte deles foram publicados em dois livros:  MATIZES e MEU PARAÍSO.

Atualmente, Eliana ocupa a cadeira n° 12 da Academia Paraisense de Cultura, cujo patrono é Monsenhor Jerônymo Madureira Mancini.

FAMILIA MUMIC

Clique acima para voltar ao ÍNDICE